Expressões criadas para definir carros usados
22/11/2021 - Curiosidades
É bom ficar atento, já que alguns termos podem significar problemas com documentação ou manutenção
Quem busca um carro usado já deve ter visto expressões como “único dono”, “completo, menos ar” e “troca com troco”. Esses termos são bastante conhecidos do público e dos lojistas.
Porém, você sabe o que é uma lasanha? E não, não estamos falando do prato italiano. Essa e outras expressões têm se popularizado. Se nunca ouviu falar, uma dica é conferir o glossário abaixo, já que algumas delas podem significar problema.
Eles definem desde um carro muito bem cuidado a um veículo que tem problemas de documentação. Confira:
Carro de garagem
Anúncios de modelos com baixa quilometragem ou muito bem conservados normalmente vêm acompanhados da expressão “carro de garagem”.
Apesar da aparente oportunidade, esses veículos podem ter problemas característicos por terem rodado pouco, o chamado uso severo. Nesses casos, não é incomum encontrar óleo vencido, mangueiras ressecadas e bateria descarregada.
Carro de estrada
Comum para descrever modelos que são usados a maior parte do tempo em rodovias. Em tese, apresentam menor desgaste em componentes como transmissão e suspensão. Afinal, a rodagem no ciclo rodoviário exige menos trocas de marchas e o asfalto das estradas costuma ser menos esburacado.
Carro de locadora
São carros com pouca idade – geralmente não mais de um ano de uso – mas com alta quilometragem. Geralmente ainda estão no período de garantia, o que dá alguma tranquilidade na hora de fechar negócio. Só é preciso ficar de olho no histórico de manutenção.
Lasanha
Lasanha pode ser o carro que foi batido várias vezes e tem muita massa e diversas camadas de tinta para disfarçar as barbeiragens do dono, mas também identifica aquele modelo bom de dirigir, mas que dá trabalho para manter.
Apesar das eventuais preocupações, uma lasanha pode ser o sonho de consumo de um apaixonado por carros (ou por gastronomia).
Resto de rico
É o carro de luxo com alguns anos de uso e/ou quilometragem alta. Apesar da origem “nobre”, o preço costuma chamar a atenção por ser equivalente ao de um popular atual. Pode parecer um bom negócio, mas os elevados custos de manutenção e a exigência de mão de obra especializada podem trazer aquela dor de cabeça.
Só pra rodar
A expressão se popularizou em grupos de venda nas redes sociais e sites de anúncios, mas pode significar problema. Afinal, veículos “só para rodar” são aqueles com multas atrasadas, tributos ou financiamento não pagos, ou pior, são fruto de roubo ou furto.
Se as pendências são “apenas” multas ou impostos, existe possibilidade de regularização, mas a dívida costuma superar o valor do bem. Assim, fica fácil entender por que os preços de carros “só para rodar” são tão baixos.
Só que o barato pode sair muito caro. Além de poder estar cometendo um crime, se o veículo é parado em uma blitz, pode ser apreendido.
Papel puxado
Outro termo bastante popular nas “feiras do rolo”. O “papel puxado” é um documento sem valor legal que serve como atestado de que aquele carro não tem queixa de roubo ou furto.
O problema, nesse caso, está na documentação. O Detran-SP afirma que não é proibido comprar carros com pendências do tipo. Só que a obrigação do novo proprietário é quitar o valor devido e realizar a transferência de propriedade.
Mico
Micos são aqueles carros que, por algum motivo, são considerados um mau negócio.
Nesse “clube”, entram modelos que venderam pouco, tiveram problemas crônicos e conhecidos, ou mesmo não caíram no gosto do consumidor. Assim, seu preço de compra costuma ser bem mais baixo. Só que o mesmo vale na hora da revenda.