10 carros que foram fracasso de vendas no Brasil

27/11/2021 - Curiosidades

Lista traz modelos famosos, como o Volkswagen Apollo, mas também ilustres desconhecidos, como o Chery S-18 e o Lifan 530

Chery S-18

Chery S-18 chegou para ser o sucessor do QQ, mas saiu de linha dois anos depois — Foto: Divulgação

Talvez você nem se lembre da existência do S-18. Mas o compacto da submarca da Chery, a Riich, foi lançado para suceder o QQ. Importado da China, o veículo tinha um design cheio de curvas e era equipado com o motor 1.3 de 90 cv e 13,2 kgfm.

O carrinho vinha até com um bom pacote de itens de série para a época, com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos e sistema de áudio com CD Player. Logo após sua estreia, no início de 2012, os problemas começaram. A Chery suspendeu as vendas do hatch por uma falha no pedal de freio.

Desde então, ele não pareceu nada atraente para quem procurava por um carro de entrada. O público acabava optando pelo QQ – que, embora tivesse menos atributos, tinha o preço mais baixo. Praticamente esquecido nas concessionárias, saiu de linha em 2014.

 

Chevrolet Sonic

Chevrolet Sonic tinha custo de manutenção mais caros do que seus rivais e visual... diferenciado — Foto: Divulgação

Importado da Coréia do Sul e, posteriormente, do México, o Sonic chegou em 2012 ao Brasil. Apesar do visual jovem (e controverso), o modelo vendido nas carrocerias hatch e sedã não chegou a atrair o consumidor. Para piorar, seu preço e custo para manutenção eram bem mais altos que os de seus rivais.

As vendas nada promissoras só minguaram com o lançamento do Onix e da segunda geração do Tracker. O último, também importado do México, fez com a Chevrolet aumentasse a cota do SUV que vinha para cá, diminuindo a do Sonic até tirá-lo de linha. No ano em que se despediu do mercado, 2014, emplacou 4.623 unidades.

Hyundai Atos Prime

Hyundai Atos Prime saiu de cena sem fazer alarde — Foto: Divulgação

De proposta urbana, com jeitão de monovolume, o Hyundai Atos veio para o Brasil em 2000 com o desafio de disputar o segmento mais popular do mercado com os já consolidados Fiat Uno, Chevrolet Corsa e Ford Ka.

Ele era equipado com o motor 1.0 de quatro cilindros de 57 cv e tinha acabamento bem simples. Porém, o carrinho não chegou a ser competitivo, uma vez que o imposto de importação e a valorização do dólar inflacionavam seu preço.

Além disso, ele era mais beberrão que a concorrência. Essas contradições resultaram em uma passagem rápida e apagada do Atos pelo país – era tão irrelevante que a imprensa até esqueceu de noticiar quando ele parou de ser importado.

Kia Rio

Kia Rio foi vendido por menos de dois anos no Brasil — Foto: Murilo Góes/Autoesporte

Foram menos de dois anos. E exatas 539 unidades vendidas. A trajetória do Kia Rio no Brasil foi inversamente proporcional à expectativa pela sua chegada, especulada havia muito tempo.

Nem a origem mexicana, sem imposto de importação, salvou o Rio do dólar nas alturas – essa foi a explicação oficial da Kia para a suspensão das vendas do hatch. A opção pelo motor 1.6 aspirado diante de rivais turbinados também não foi a mais acertada.

Lifan 530

Unidades 2018 do Lifan 530 ainda estão listadas no site da marca como zero km — Foto: Autoesporte

Se você entrar no site da Lifan, ainda é possível encontrar o sedã 530 zero km listado por R$ 43.990. Isso faria com que ele fosse, de longe, o carro mais barato do país. Só há dois problemas nessa situação. O primeiro é que esses exemplares foram produzidos em 2018 – e nunca vendidos. O segundo é que a própria Lifan deixou de operar no Brasil.

Motor de funcionamento áspero, câmbio de engates imprecisos e a má qualidade do acabamento só mancharam a reputação do sedã, ainda que o visual fosse harmônico e o espaço interno ficasse na média do segmento.

Entre 2014 e 2019 foram emplacadas pouco mais de 3.000 unidades do modelo.

Peugeot Hoggar

Peugeot Hoggar emplacou quase 13 mil unidades entre 2009 e 2014 — Foto: Divulgação

Landtrek será a nova chance de a Peugeot fazer sucesso no mercado de comerciais leves sete anos após o fiasco com a Hoggar. Baseada no 207 e com traseira derivada do utilitário Partner, a picape compacta foi construída em Porto Real (RJ) a partir de 2009 e contou com um investimento de R$ 100 milhões.

Embora a Hoggar tivesse uma das maiores caçambas da categoria – com capacidade de até 1.151 litros – não conseguiu nem se aproximar do sucesso das veteranas Chevrolet Montana, Volkswagen Saveiro e da líder Fiat Strada. Suspensão frágil vinda do 207 e dianteira com visual "pontudo" só pioraram sua situação.

Dessa forma, saiu de linha aos poucos e silenciosamente, sem grande alarde. Em cinco anos no mercado, vendeu pouco menos de 13 mil unidades.

Renault Symbol

Renault Symbol era uma atualização estética do Clio Sedan — Foto: Divulgação

Symbol foi lançado no Brasil em 2009 como o que chamamos hoje de sedã compacto premium. Era uma opção mais refinada (e cara) ao Logan. Porém, tinha espaço interno menor do que o três volumes de entrada e usava peças e o antigo motor 1.6 de 111 cv do Clio .

Assim, o francês nunca chegou a ser um sucesso de vendas, especialmente após o lançamento de modelos como o Chevrolet Cobalt e o Nissan Versa.

Não deu outra: ele durou apenas quatro anos no mercado e vendeu cerca de 22 mil unidades. Em 2010, seu melhor ano, chegou a emplacar 8.396 carros. Nessa época, os sedãs ainda estavam em alta e concorrentes como Volkswagen Voyage, Fiat Siena e Chevrolet Prisma tinham volume de vendas acima das 60 mil unidades.

Troller Pantanal

Troller Pantanal teve boa parte das 77 unidades produzidas recompradas pela Ford — Foto: Divulgação

O problema da picape Pantanal nem era mercadológico, mas estrutural. Em 2008, pouco depois de comprar a fabricante cearense, a Ford descobriu que o modelo tinha uma falha de projeto considerada impossível de corrigir.

Na época, a Ford convocou um recall de todas as Pantanal construídas. Segundo o comunicado divulgado na época, "constatou-se em testes de engenharia que, dependendo da utilização do veículo, há o risco do aparecimento de trincas no chassi, que, com o tempo, podem se propagar e comprometer sua durabilidade e integridade".

Não teve jeito. Assim, a Ford propôs recomprar as 77 unidades produzidas e vendidas até então. Quem não aceitou a proposta assinou um termo se responsabilizando por eventuais acidentes. Os exemplares adquiridos pela fabricante acabaram destruídos.

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